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Pruridades

by Ângela Polícia

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Frederico Canelas
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Frederico Canelas Crazy blend of styles. Each track is unique in its own way. Produto nacional é sempre bom! Favorite track: O Outro Lado (feat. Colectivo Projétil).
sagiam__
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sagiam__ Ouvi os primeiros dois sons e comprei o CD. Muito bom!!
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1.
Sou um louco curto farra Limpo o chão desta casa Se não gostas vira a cara Se não danças então baza Sou quem sou mais não dou Não sou de graxas no meu show Tens vergonha temos pena Não me interessa a tua rena Sou a vergonha da família Não sou médico sou reguila Faço merda todo o dia E limpo o c˙ na tua camisa Sou marado sou mamado Não improviso nem canto fado O que não fui e podia ser Fez este som que está a bater! (Refrão) ás vezes penso e não dá em nada Tenho a cabeça em água Por mais que tente e arrebente Não faço sentido foda-se! Podia ser um gravatas Sentado no meu escritório Mas n„o curto mesmo nada Esses fatos de velório Quero viver e sobre viver Não sei nada de nada, man Já estou farto de cobrar barato Porque caro é que dá dinheiro Bebo cerveja ás 3 e meia Bebo a mais gorda e a mais feia Falo ás vezes sem parar Porque calado só sei ouvir
2.
Estou cansado que venham dizer que esta merda não bomba Não parte o barraco, sa foda a vossa opinião, Não quero saber, não quero aprender SÛ quero dizer o que vai na cabeça, mais nada interessa O mundo lá fora já está uma merda » tudo uma treta, não há solucão Nenhuma saída para a salvação Isto vai arder, isto vai arder Vai tudo a baixo e ninguém quer saber Muito menos eu muito menos eu Não vou lamber o c˙ a quem prometeu Lambam vocês, lambam vocês Tratem da vida de merda que levam em vez de uma saída A vida é fodida, a vida é fodida! Abre a porta, a vida é força está na hora de arrebentar a onda Não há tempo para lavar pratos foda-se Quem é que manda nesta merda toda? Quem? Quem? Quem? Somos nÛs!!! Estou cansado que venham morder na mão onde comem sem ter que fazer nenhum, Gritam, criticam, choram aflitos Dizem que um gajo não sabe o que diz és sÛ mais um que ponho de parte, O fado ensinou-me a ter cuidado Olho em frente, porém, de lado Deixo que a vida revele a verdade Tira a mentira do canto do olho Podes fingir que eu dou-te molho Comigo não brincas, nem fazes de conta Comida que trincas, não pago a conta com Ângela na casa não há brincadeiras Limpas o chão com bocas foleiras Sou tirano no comando, Sou quem sou, eu sou Estranho Abre a porta, a vida é força está na hora de arrebentar a onda Não há tempo para lavar pratos foda-se Quem é que manda nesta merda toda? Quem? Quem? Quem? Somos nós!!! Isto vai arder! Isto vai arder! Isto vai arder! Isto vai arder!
3.
Submundo 05:32
Não se esqueçam de que tudo o que vocês se esquecem Vem parar cá em baixo, ao submundo. Bem vindo ao nosso mundo No submundo o paraíso é um mito, lá no fundo Por debaixo do inferno, já estive lá, mudo Quieto e assustado, vi o diabo juro Nós somos a irmandade do esquecimento Vivemos cá em baixo há imenso tempo Aproveita cada segundo, Antes que os ratos voltem. Aproveita cada minuto Antes que as feridas soltem! Somos orfãos da vida, da cultura e da sina Da responsabilidade de quem não acredita em nós Fomos sempre renegados, maltratados por pensar diferente? Levados noutros caminhos sem visão prudente? Entregues ao destino Somos folhas soltas Não temos nome nem bandeira, ovelhas loucas! Vivemos no anonimato da humanidade. No Submundo as crianças brincam com os ratos no alçapão No Submundo não há mais esperança para tanta multidão Aqui em baixo somos irmãos, cuidamos de todos Sejam drogados, marados, abandonados, génios ou tolos Ali cuidamos dos feridos, aqui lembramos os esquecidos Alimentamos as crianças que choram ‡ noite por um ninho. Quem é que nos dá, quem é que nos traz Comida e garantias? Quem é que nos ouve, quem nos representa? Os ratos não acreditas? A nossa vida, esquemas, pra não falar dos problemas Arranjamos qualquer saída e nem é preciso guita!!! Nós somos humanos e não parasitas Mas Paralisamos a espinha desses cabrões filhos-da-puta Filhos do capitalismo Que Roubam e matam, violam e estragam Escondem e lavam, inventam e sujam Tudo o que nos é querido Já estamos fartos disto! Já estamos loucos nisto! No Submundo as crianças brincam com os ratos no alçapão No Submundo não há mais esperança para tanta multidão
4.
Neste quarto não há espaço mas invento Enrolo mais um coche do rebento, Atinjo um patamar mais intenso SÛ preciso de um descanso De um pouco de alento Neste mundo em que batalho sempre Estou na frente de combate, mano Sempre. Estou colado no meu quarto, no meu charro, No meu universo, no meu tecto, nos meus versos, Naquilo que quero e não quero Faço o que eu quiser Mando uma bongada para esquecer esta merda toda Estou farto que a vida me foda SÛ me apetece arrebentar com esta merda toda Mas relaxa, que isso passa Deve ser da traça... Quero fugir mas não posso Perdido num mundo sem norte Acendi o charro e voei Para tão longe que não sei Onde estou... Tenho todo o tempo do mundo Mas lá no fundo estou quieto Faço de tudo bem fazendo nada Estou lerdo Quem me conhece não sabe Que esse gajo faz frete Neste mundo em que é certo Misturar o errado no enredo Parto do quarto, estou farto, Meto a quarta em Marte, Parto para um universo dentro deste verso Onde o corpo não sofre, A morte não chove, E a vida sorri por cima de mim Delírios, enfim, de uma negra fome Quero fugir mas não posso Perdido num mundo sem norte Acendi o charro e voei Para tão longe que não sei Onde estou (2x) Deixo que o fumo me leve Para bem longe, para bem perto do Evereste Aqui em cima estou bem Todo o oxigénio que respiro despreocupado Faz-me desocupar a mente e voar alto para outro lado Um lugar onde possa ser eu mesmo sem que me chateiem Tenho uma ideia cheia de alegrias não sei donde veem, Tento lembrar-me, mas não consigo estar, a par, O esquecimento dá-me paz mas faz-me mal No final, não saber com quem contar Cada um para seu lado, todos lambem o umbigo Que se fodam todos na comunidade, nem sou teu amigo Tás a olhar para onde, man? Que é que queres de mim? Daqui não levas nada, corres a chapada é assim na street! Que se foda a partilha e a solidariedade! Pobreza, violência, crime, fome e dor essa é a realidade Que se foda a justiça, educação mata! Pobreza, violência, crime, fome e dor Sempre com raça! (2x)
5.
O dia está cinzento mas eu não me vou abaixo Saco de umas latas e pinto no muro desses fachos Sai da frente ou junta-te a mim, não atrapalhes Muita sede de justiça corre nestes braços Yo, quer ou não acredites o caminho dos vencidos Está traçado para sempre, pensa um bocado Sim ou não, È a resposta que peço Se realmente quiseres escolher o outro lado Aqui tens uma saída, não È a terra prometida, … uma forma de vida, talvez uma salvação São, dois comprimidos, um vermelho e outro azul Um traz a insurreição e o outro um mundo blue Pensa, acção ou indiferença? O Mundo ou a dispensa? Lenta não pode ser a decisão, A verdade não espera p'la revolução A vida continua e nada muda meu irmão Vem! traz a força que te faz viver Sem! censuras nem medos Quem, vai-te fazer parar quando souberes, aquilo que queres, da tua vida? Vem! traz a fome que te faz criar Sem! Talheres nem fitas Quem vai-te fazer vergar? Punho firme no sistema, não mandas na minha vida! Como È que vai ser? Qual È o que vais escolher? O comboio vai partir e vais ficar para ver? Uma vida de luta com a mente desperta? Ou uma vida de gruta com a mente deserta? Sente aquilo que te corre nas veias, ouve o coração Liberta-te dessas teias, ouve a razão Não queremos mais areia para os olhos, não! Vão todos prÛ caralho, ninguém manda em mim e no meu irmão! Este sistema È mais que um problema … um cancro sem cura: "Destrui-lo È o nosso lema!" Esquemas e mais esquemas pra nos derrubar Somos mais espertos do qu'eles, "Não nos vão enganar!" Sufoca ou troca a tua vida maluca Mata ou esboça um mundo novo que te espera Leva a sério aquilo que te move e escreve na pele "No destino de um homem sem norte, A sorte não depende dele lesmo." Vem! traz a força que te faz viver Sem! censuras nem medos Quem, vai-te fazer parar? quando souberes aquilo que queres da tua vida Vem traz a fome que te faz criar Sem talheres nem fitas Quem vai-te fazer vergar? Punho firme no sistema, não mandas na minha vida (2x) No outro lado Estamos No outro lado Yeah!
6.
Na Espera 08:03
Enquanto espero aqui pela minha vez de ir embora A cidade corre, não pára O ritmo que lateja na calçada não cessa, Apressa toda esta gente magra e fraca Todo este fumo negro, Todo este rumo incerto Toda esta fÈ que nos move, Um absurdo que nos consome (2x) Conto as horas, as ruas, as caras, as lojas, as mágoas e as mi˙das Vida que escorre, Olhares que não param, a verdade sangra em cada um nós em cada beco sem saída em cada casa sem comida em cada mente sem destino em cada boca uma mentira Chega para todos nós Haverá sempre uma cidade em todos nós Haverá sempre confusão em todos nós Haverá sempre correria em todos nós Haverá sempre ganância em todos nós Haverá sempre injustiça em todos nós Haverá sempre poluição em todos nós Haverá sempre guerra em todos nós Haverá sempre solidão em todos nós
7.
Pesado está o ar que compro caro Negócio barato para quem tem bom faro Ando ocupado no meu cargo de indivíduo Preso a trabalhos de merda, estou perdido A minha alma anda presa e muito inquieta Por não ter o ‡ vontade de exprimir o que me afecta Sem destino ando eu nestas ruas negras ¿ procura da verdade nas profundezas destas trevas Sai da minha frente que estou cego Não vejo nada meu, apenas vejo negro Pra mim é tudo merda, o cenário tá uma merda Não me treinaram para esta cena, isto é tudo uma treta Estou perdido, desiludido, triste, deprimido E não há comprimido que me cure o atrofio Não há salvação, não vejo cores na escuridão Daqui ninguém me tira estou longe da redenção Graças a quem matou o meu deus Assim não há esperança e tá-se muito bem!!! Sonhos cor-de-rosa só me acontecem quando estou sóbrio Mas como nunca vivo sóbrio tá foda, que se foda Sou pobre e inquieto, sou inseguro e incerto Tenho larvas no meu cérebro, a sério não compreendo O cinzento vivo em mim como cinzas no cinzeiro E as beatas são a ˙nica coisa que eu vejo o ano inteiro Há muito que não fodo, há muito que não amo Há muito tempo que o tempo não flui em mim, é estranho Faz um ano, ou anos? Não sei, não me lembro. As mi˙das desta cidade não me estimulam Quem me dera que houvessem putas, a sério, puta!!! Eu sou muito estranho, Estes putos não ouvem nada, muito mimo, muita jarda, Nem com carinho nem ‡ chapada … o que eu digo, merda Faça o que faça o caminho que se traça Sai sempre roto e nem é preciso traças Graças a Deus que o meu Zeus está morto … que assim não há esperança e tá-se muito bem Graças a quem matou o meu deus Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!(2x) Pesado anda o ar que compro caro Negócio barato para quem tem bom faro Ando ocupado no meu cargo de indivíduo Preso a tarefas que me consomem, estou perdido A alma que me ferve anda muito inquieta por não ter a liberdade de exprimir o que me afecta Sem destino ando eu nesta realidade Há muito alienado em busca da verdade Qual verdade? Não há verdade que se cheire nas cabeças de hoje em dia Esconde a tua, infecta a outra com mais uma mentira Sai da minha frente que eu estou cego Não vejo cores apenas e só vejo negro Negro... Para mim tudo são trevas!!! Esses sorrisos amarelos são ouro na escuridão! (Tosse) Vou arrancar todos esse dentes Um por um! O pânico consome-me como a fome de um mendigo Futuro não existe nem presente que me aguente, tenho dito Pensamentos negativos fodem-me os actos positivos Os amigos são distantes e quero comÍ-los vivos Graças a quem matou o meu deus Assim não há esperança e tá-se muito bem!!!(4x)

about

È um álbum cru, mestiço, agressivo, controverso e contrastante. Chama-se Pruridades (prurido+prioridades) porque há muito que queria lançar um disco mas as batidas e as letras estavam sempre pendentes da minha preguiça ou falta de prioridades até que começaram a criar pruridos na minha cabeça e consequentemente tive curar este problema concretizando-o.
Neste trabalho misturo vários estilos musicais porque sou mesmo assim, misturado. Nunca fui fundamentalista do Hip-Hop, Metal, Drum&Bass, Punk ou outros estilos dos quais gosto imenso. Sempre "parei" com grupos de amigos diferentes, com gostos e rituais diferentes. Aprendi a gostar de estilos e artistas que abominava.
Comecei a produzir música electrónica há uns anos com o Razat e no estúdio tens de misturar para criares experiÊncias, das quais podem resultar em objecto final. Num som podes ter elementos de funk, techno-minimal ou folclore. (Acabei de ter uma ideia para um som.)

P.S: O segredo é não ter medo de misturar!

credits

released March 20, 2017

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Crate Records Lisbon, Portugal

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